quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Quem nunca teve dúvidas existenciais que atire a primeira pedra, mouse, caneta, ou o que tiver em mãos.

Pois é, bem achei que ninguém fosse atirar nada.

O que acontece quando paramos e nos damos a liberdade de dispender alguns minutos do dia nos questionando sobre o decorrer dos fatos em nossas vidas e a lógica da sua sequência? Ao pararmos para pensar vemos que muitas coisas estão do jeito que gostaríamos/pretendíamos que estivessem. Outras, não tínhamos idéia de que ocorreriam, gerando, por vezes, um certo [des]conforto. E as demais estão de um jeito que nunca imaginaríamos encontrar.

O que fazer, como contingência?

Sair correndo, pegar carona no próximo foguete rumo à Lua e tentar acreditar que o que você não queria ver não existirá mais quando voltar a solo terreno não é a melhor alternativa.

Seguindo conselhos de Steve Jobs: "Stay hungy. Stay foolish.", se há alguma coisa fora do lugar, só nos resta uma solução, ter força e vontade de mudar.

Mesmo assim, o contentamento não será total. Afinal, o grande mal da humanidade é nunca ser feliz, é sempre procurar o que falta para atingir a perfeição, segundo filosofias platônicas - literalmente.


Creio que o primeiro passo é não esperar nada de ninguém. Nem mesmo de algumas pessoas com quem você conta. Não se pode contar 100% em uma pessoa.




quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Très difficile.

Hard to find.

A perfeição é tão difícil de ser encontrada, mesmo com a sua busca eterna.

Atualmente, para mim, não há:

- Belezas pefeitas reais (excetuando-se o cara gato do clipe novo da Britney! Ohmygod!)
- Olhares e sorrisos perfeitos
- Manicures perfeitas
- Tardes de finais de semanas com sol perfeito
- Feriados perfeitos
- Filmes perfeitos
- Jantares perfeitos
- Baladas perfeitas
- Viagens perfeitas

Se alguém tiver alguma idéia de como encontrar um desses itens anteriores, por favor, me indique/me convide/me telefone/me mande qualquer sinal de fumaça, porque eu estou sentindo falta de perfeições em minha vida. Seria perfeito...!

[Só tenho amigos perfeitos, mas já virou clichê falar disso aqui.]


domingo, 12 de outubro de 2008

Où sont les fées?

"Maturidade significa saber lidar melhor com a dor." (YAMAGISHI, D., 2007)

Com o tempo, nós aprendemos a lidar melhor com a dor. E não quero que seja subentendida aqui apenas a dor física, como aquela insuportável quando chutamos o pé da cama com o dedinho do pé, ou quando a manicure ultrapassa o limite da cutícula e tira o famoso "bife" dos nossos dedos.


A dor supracitada envolve principalmente a dor que sentimos quando nos decepcionamos.

Quando éramos crianças, convivemos com histórias com finais nada mais que felizes. Em todas, sem exceção, o bem ganhava do mal e o casal protagonista ficava junto e lived happily ever after.
A partir desse momento, passamos a acreditar e ter esperanças de que a vida é fácil e linda; de que tudo vai dar sempre certo e de que o happy ending será democratizado. Com o tempo, vemos que não é bem assim. Não quero passar uma impressão pessimista aqui. Muito pelo contrário, acredito ter uma visão muito otimista sobre o mundo e as pessoas que nele habitam e que eventualmente comigo convivem.

O fato é que o tempo vai nos mostrando que nem sempre podemos contar com a simples sucessão dos fatos e de que o mundo sempre sorrirá para nós. Quando nos deparamos com essa realidade, a decepção surge em nossos sentimentos, como se fosse uma pequena traição. E como o ser humano tem esperanças otimistas muito fortes arraigadas em si, a decepção é inversamente proporcional à sua esperança naquele momento. Nos decepcionamos com tudo: com nós mesmos, com nossos amigos, namorandos, chefes, colegas, familiares, políticos, ídolos, e mesmo com os obstáculos que não conseguimos eventualmente superar.

Mas com o tempo, a decepção vai sendo contornada da mesma maneira como a superação vem , ou seja, de maneira mais rápida. E vamos aprendendo a viver com essas pequenas "traições", de maneira mais calejada, assim como hoje meu dedinho dói menos quando eu chuto o pé da cama quanto doía quando eu tinha 5 anos de idade.

Continuamos a nos decepcionar com as pessoas e os fatos, mas esses sentimentos são mais abrasivos, pois estamos mais acostumados a lidar com eles e aprendemos que não adianta só chorar. O mundo não pára para nós consertarmos nossas vidas.

Muitos dos nossos finais felizes dependem de nós mesmos.
Basta aprendermos a perdoar mais rapidamente ou não criar expectativas muito altas. E isso só depende de cada um e não das nossas fadas madrinhas.




domingo, 5 de outubro de 2008

L'Amour éternel

"À cause des garçons..."

O amor eterno, daqueles que teoricamente duram para a vida toda, existe mesmo?

A maioria das pessoas do mundo todo, independentemente de raça, cor, sexo, nível educacional, renda, já teve uma desilusão amorosa (vide produção artística - músicas, poesias, contos, pinturas, entre outras - com base nesse tema). Portanto, pressuponho que seja uma condição mundial. Creio que grande parte das pessoas me entende, então.

A culpa de qualquer coração partido é a paixão. Ela chega sem avisar, sem dar nenhum indício de que está se aproximando, muito menos da mudança que vai causar em você. E ela chega. Sem bater na porta, sem perguntar pro porteiro se pode entrar. Ela derruba a porta e simplesmente toma conta do seu coração, da sua respiração, do seu olhar do seu beijo e do seu pensamento. É a sua nova condição de existência. E você gosta disso, você se surpreende como o mundo sempre foi mais colorido e você não tinha a menor idéia de que isso era possível.

Mas é nesse momento em que o final nem sempre é você que decide. Ela pode tomar dois rumos:

1. O primeiro é aquele comumente relatado pelos famosos irmãos Grimm em seus contos. Em que imaginamos que o casal será "feliz para sempre" e em que a paixão será permanente mesmo com o convívio diário. E em que o amor enfrentará barreiras e de fato durará até a morte.

2. O outro rumo é aquele por qual eu creio que a maioria das pessoas já passou. É o que disvirtua o sentimento bom e se transforma em uma penca de outros sentimentos: ciúmes, possessão, insegurança e, por vezes, até violência (seja verbal ou física). Daí, surgem-se outros comportamentos não exemplares, e que nos trazem à discussão da desilusão mundial.

A partir deste segundo rumo, temos os corações partidos, as vidas alteradas e as crenças perdidas. Não é mais possível acreditar em amor eterno? Talvez seja, pois que seja eterno enquanto dure. Mas é diferente. É o mesmo que você tomar sorvete hoje. A primeira vez que você tomou foi incrível. Hoje também pode ser incrível, mas não tanto quanto foi daquela vez em que você era criança. É apenas diferente.

E essa pessoa que causou essa mudança em você se transforma na pessoa que marca a sua memória. E essa sim, é para sempre. Mesmo que os sentimentos tenham passado e a superação tenha chegado para aliviar a sua situação, a tal pessoa sempre será lembrada.

Voltando à pergunta inicial, se o amor eterno existe ou não, não sei a resposta ainda. Apenas que há amores eternos, sim, principalmente dos amigos. Estes são para sempre, independente de onde você esteja. Amizades duradouras devem ser exploradas artisticamente, pois merecem ser relatadas. São dádivas e são como jóias raras. E eu não abro mão das minhas.




quarta-feira, 11 de junho de 2008

Qu'est qu'on fait?

E agora?

Você já teve a sensação de que chegou num ponto da sua vida em que você não aguenta mais pensar nas mesmas coisas, over and over again?

Refiro-me a coisas - inoportunamente - ruins, como passado mal resolvido, problemas de relacionamentos e outras coisas (des)importantes como essas.

Chega um momento em que a epifania é justa, no sentido em que é propícia no momento em que ela surge.

Eu não aguentava mais sofrer com alguns fantasmas que ainda me atormentavam. Foi quando, num mix de influências de Sex and The City, amigas para toda hora, brownie da Bela Paulista e compras, me fizeram ver que nada daquilo que eu acreditava era concreto.
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Um dia, no trabalho, alguém me disse que não queria viver muito. Eu disse que, pelo contrário, queria viver muito. Fui questionada por quê. Eu disse:

"Porque é muito bom viver."
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E respondendo à primeira pergunta desse post: E agora é hora de curtir o que tem que ser curtido. No strings attached.

domingo, 8 de junho de 2008

Anniversaire

Hoje é o aniversário da Aline.

Ontem foi a festa de aniversário da Aline.

É uma data importante a ser comemorada, porque a Aline é uma pessoinha muito especial!

A Aline é uma pessoa que contagia. A sua descontração e bom humor são únicos dentre as pessoas em São Paulo. Poucos são os que encaram a vida de maneira tão divertida quanto ela.

Aline, eu te amo e te desejo ainda muitos anos de vida para serem comemorados com muito estilo, glamour e cosmopolitans! Porque a vida é ótima e nós merecemos, gata!





terça-feira, 27 de maio de 2008

Life's great.

Nada relativo ao comportamento humano é por acaso. Tudo tem uma explicação e uma razão de ser. Qualquer que seja o ato cometido por uma pessoa, algum dia - mesmo numa data muito longínqua - teve alguma explicação. As pessoas agem por impulso, sim. Mas mesmo este impulso tem sua razão de existir.

Uma insatisfação pode refletir no comportamento da pessoa, inclusive com somatizações e manifestações mais profundas no ego.

Minha vida está muito boa, por isso não tenho o que reclamar. Amo de paixão meus amigos, minha família, meu trabalho, meu dia-a-dia.

Poderia jogar tudo pro alto e ser andarilha pelas rotas da vida? Sim, mas não quero, thank you very much. Estou ótema assim!