domingo, 30 de março de 2008

La fête!

É hora de falar dela, da grande festa, tão esperada.

Foi um dia perfeito, amanhecido com um sol de dar inveja a qualquer outro dia de outono.

A preparação e a excitação se iniciaram com a ida ao espaço onde a festa aconteceria dali a algumas horas: o Expo Transamérica. As cortinas, mesas, palco, lounge, bares estavam sendo erguidos e decorados, como fora-se planejado com muita antecipação. Tudo de maneira coordenada e com toques explícitos de muito bom gosto. Cada detalhe estava sendo devidamente atentado, de maneira que nada ficasse fora do lugar.

A jornada da preparação se seguiu com a ida à loja de vestido, à sorveteria - para almoço -, à loja de balões divertidos de hélio, ao salão de beleza. Mais detalhes sobre o making of podem ser encontrados aqui.

A festa foi, sim, um sucesso!!! Chuva de elogios [bem merecidos] para a comissão!!!

PARFAIT!!!


segunda-feira, 24 de março de 2008

Rien de Maquiavel

Como funciona o mercado de ações

Uma vez, num vilarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por $10 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos. O homem comprou centenas de macacos a $10 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça. Aí, o homem anunciou que agora pagaria $20 por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.

Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca. A oferta aumentou para $25 e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.

O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por $50! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos macacos.

Na ausência do homem, seu assistente disse aos aldeões:

"Olhe todos estes macacos na jaula que o homem comprou. Eu posso vender por $35 a vocês e quando o homem retornar da cidade, vocês podem vender-lhe por $50 cada."

Os aldeões, espertos, pegaram todas as suas economias e compraram todos os macacos do assistente.

Eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente macacos por todos os lados.

Agora você entendeu como funciona o mercado de ações.


Moral da história: o mundo não pode mais ser visto sob uma perspectiva maquiavélica, onde a relação entre o bem e o mal é dicotômica. É tudo uma questão de interesses.

domingo, 16 de março de 2008

Crème brulée

Banhos de mar (Clarice Lispector)

"[...] A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais? Nunca mais. Nunca."

Felicidade, para mim - como retrata a belíssima Clarice - é uma percepção metamorfósica.

Já significou a mamadeira de leite quente que a minha babá preparava para mim e para a minha irmã toda tarde, na nossa hora da soneca. Às vezes, ela acrescentava fartas colheradas de um delicioso Nescau. Mas minha mãe não podia ficar sabendo, pois açúcar aumenta as probabilidades de se ter cáries. Sim, minha mãe é dentista.

Eu era bem feliz também quando uma das minhas cockers spaniel dava cria. Nascia aquele pequeno bando de filhotinhos com olhinhos fechados e orelhinhas minúsculas. Eu e minha irmã batizávamos cada um deles, enquanto acompanhávamos o crescimento das criaturinhas. Brincávamos com eles o dia inteiro! E chorávamos quando cada um deles ia embora.

Existiram infinitos outros momentos de felicidade.

Hoje, felicidade é: estar com meus amigos; dançar; rir até chorar e ficar com o abdômen doendo por 3 dias seguidos; emagrecer; comprar presentes; experimentar culinárias diferentes; ouvir música; acordar com dia ensolarado; viajar; sonhar. E mantendo a inocência. Sempre.



terça-feira, 11 de março de 2008

Ça c'est blanc

Off-white, também conhecido como branco.

UM vestido para UMA festa. Dois lados de uma equação.

Mas nessa equação, há muitos outros fatores:
um galpão C, três bandas, um dj (gatinho, btw), trezentas e cinquenta mesas, quase quatro mil pessoas, vinte buffets, seis bares, um lounge, três tipos de arranjos de flores, seis árvores galhadas, dezoito cabines de toilete.

[Dezoito? Polêmico.]

Tudo isso multiplicado por muita nostalgia.



segunda-feira, 3 de março de 2008

Facile comme un matin de dimanche

Definitions of a perfect Sunday:

1. Acordar tarde
2. Tomar sol
3. Receber uma massagem
4. Apreciar um brunch em algum café da cidade
5. Ir ao shopping, passar em todas as lojas e fazer - ótimas - compras
6. Correr para o teatro e comprar ingressos para uma peça
7. Tomar uma soda italiana com cor de detergente
8. Assistir à peça de teatro catastrófica
9. Jantar num retaurante japonês, culinária de lutadores de sumô
10. Decidir e descobrir juntamente que vai dançar a segunda valsa na formatura com a sua companhia do dia todo.

Seu melhor amigo!

Em sua homenagem, à Jaca e ao nosso domingo perfeito, baby!

sábado, 1 de março de 2008

L'heures de pointe I

Quem pensa que em São Paulo a "hora do rush" se resume apenas ao horário entre às 17h e 19h, quando o trânsito nas ruas - e principalmente nas principais avenidas e marginais - é insuportável, está precisando prestar mais atenção em alguns detalhes.

7h: Hora do rush dos cachorros nas calçadas I. Este é o horário em que os cachorros que moram em apartamentos obrigam seus donos a os levarem para a rua e marcarem territórios em postes, graminhas e lixos.

8h30: Hora do rush de pessoas no metrô. Os metrôs ficam lotados de pessoas vestidas em trajes sociais, que estão a caminho de seus trabalhos. E que provavelmente chegarão atrasadas nos escritórios, a tempo de tomar um café e ler as principais notícias do dia no UOL, até ter a primeira reunião do dia, marcada com esse gap de tempo, prevendo-se o atraso.

12h30: Hora do almoço. Rush nos restaurantes, alguns com filas de esperas desagradáveis, repletas de pessoas famintas, cuja sensação de queimação no estômago causa impaciência e aborrecimento. A única solução: comer.

14h: Hora do rush nos elevadores. Findo o almoço e satisfeitos os estômagos, o retorno das pessoas para os seus devidos escritórios é acumulado nos elevadores. O entra-e-sai nestes veículos verticais causa um fluxo silencioso, onde as pessoas ficam em pleno silêncio, assistindo às últimas notícias nas televisõezinhas instaladas dentro destes compartimentos claustrofóbicos.

15h: Hora do rush de e-mails. É o momento em que todos se concentram nos e-mails que receberam durante o período em que estavam saciando suas fomes. O trânsito nos Outlooks é tenso.

16h: Rush nos bancos. Horário em que os motoboys lotam as filas dos bancos, a pedido das empresas, para efetuarem pagamentos e/ou alguma tarefa burocrática e chata.

17h-19h: O famoso rush nas ruas.

20h: Hora do rush dos cachorros nas calçadas II. Os coitadinhos já ficaram presos o dia inteiro. Está na hora de esvaziar as bexigas mais uma vez.

21h: Hora do rush nas esteiras das academias. A disputa por uma esteira, em frente a uma televisão nas academias é acirrada neste horário. Quando não conseguem, o polar pode detectar batimentos cardíacos mais acelerados.


Não é à toa que dizem que paulistanos gostam de filas.