domingo, 16 de março de 2008

Crème brulée

Banhos de mar (Clarice Lispector)

"[...] A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais? Nunca mais. Nunca."

Felicidade, para mim - como retrata a belíssima Clarice - é uma percepção metamorfósica.

Já significou a mamadeira de leite quente que a minha babá preparava para mim e para a minha irmã toda tarde, na nossa hora da soneca. Às vezes, ela acrescentava fartas colheradas de um delicioso Nescau. Mas minha mãe não podia ficar sabendo, pois açúcar aumenta as probabilidades de se ter cáries. Sim, minha mãe é dentista.

Eu era bem feliz também quando uma das minhas cockers spaniel dava cria. Nascia aquele pequeno bando de filhotinhos com olhinhos fechados e orelhinhas minúsculas. Eu e minha irmã batizávamos cada um deles, enquanto acompanhávamos o crescimento das criaturinhas. Brincávamos com eles o dia inteiro! E chorávamos quando cada um deles ia embora.

Existiram infinitos outros momentos de felicidade.

Hoje, felicidade é: estar com meus amigos; dançar; rir até chorar e ficar com o abdômen doendo por 3 dias seguidos; emagrecer; comprar presentes; experimentar culinárias diferentes; ouvir música; acordar com dia ensolarado; viajar; sonhar. E mantendo a inocência. Sempre.



Um comentário:

Vanessa Camarinha disse...

q bunitinhaaaaaaaa
ser feliz tbm 'e abrir um sorriso pra aquela pessoa q tambem abriu um sorriso pra vc.....
te adoro japa
bjs